quarta-feira, 2 de março de 2011

Martelo para Paulo César Pinheiro Autor: Victor Alvim “Lobisomem”

Do Pinheiro se tem boa madeira
O fruto do Pinheiro é a poesia
Lado a lado com a flor da melodia
Galhos fortes da prosa brasileira
Suas folhas são versos de primeira
As raízes profundas e ancestrais
Nutridas das riquezas culturais
Que o Brasil tem de sobra em seu chão
O Pinheiro alimenta esse torrão
Cada vez se fortalecendo mais


O Pinheiro é o poeta pescador
É aquele que pesca pelo ar
A poesia em tudo que é lugar
Nesta arte é mestre, é doutor
César um soberano imperador
Imperando nas letras e nos versos
Que são súditos livres e dispersos
Mas leais e fiéis a todo instante
Paulo é da poesia um gigante
Que navega por vários universos

Paulo é um pequenino agigantado
Tratado com respeito e carinho
E assim é chamado de Paulinho
No samba, capoeira e no congado
No futuro, presente e no passado
Ele é Paulo, é César, é Pinheiro
É Paulinho o poeta mandingueiro
Que com versos faz a sua magia
Feiticeiro maior da poesia
É orgulho do povo brasileiro

sábado, 29 de janeiro de 2011

Texto atribuído a Luiz Fernando Veríssimo - concordo e vc?

BIG BROTHER BRASIL
(Luiz Fernando Veríssimo)
 
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A  décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que  recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores "IDIOTAS".
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós.. , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Dói
Tudo dói
Dói escrever, pensar, olhar
Doem todos os verbos no infinitivo
Talvez a febre
Talvez a cólica
Talvez essa rachadura no meu... coração?

Não, ele não.
Ele bate ainda
O que rachou fui eu
De cima a baixo
Pode vir ver!
Uma rachadura bem grande!
Onde mesmo?

No meu invisível
No meu coração imaginário
No meu amor sem dono
E dividido em dois
Sempre
Meio pra mim
Meio pra ele
Sempre duas metades
Nunca um inteiro

Será que agora são quatro?
Rachou o meu
Ou rachou o dele?
Acho que o meu
Porque o dele sumiu...

Procura-se meio coração
Talvez rachado
Imaginário
Cansado de ser só meio
E querendo ser um só
Juntos...

(Liana Alves)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Metamorfose - Mari Arantes

Uma metamorfose ambulante, mudança de opinião constante...
E quando penso que entendi o mundo,
Vem a vida e desviando caminhos.
E sem entender a gente continua
Chora, ri e não sei mais o que
Procurando entre esquinas, ruas, sombras, feições...
É nossa sina...
É nosso fardo...
É o que colhemos...
frutos saborosos ou amargos,
mesmo quando os cultivamos com amor, respeito, carinho e atenção.

domingo, 26 de julho de 2009

Publicado no Livro “PALAVRAS DO CORAÇÃO”, de Sandra Camillo


Publicado no Livro “PALAVRAS DO CORAÇÃO”, de Sandra Camillo

Renuncia

Renunciar por amor

Ter que Buscar a Coragem

Para renunciar!

Passei dias me preparando

Para o Dia.

O Dia da renuncia

No momento em que

Fiz oportuno

A dor era como um parto

Profundo,
Na Ama
No peito
E no coração
E a alma?
A alma se sentia penada, jogada para fora do corpo.
Ao Vento e ao relento
A força interna,
Não existia

E resistia

A dor maior

A suprema dor maior

A dor que a renuncia causou

O amor
Do coração
E da alma
Amor de alma
Amor de carma
Amor com paixão
E agora... Entregue a solidão...Renunciar por amor
Com dor e sem pudor
O momento em que fiz oportuno
Assinando o sepultamento
De uma historia
Uma verdadeira historia de amor.

terça-feira, 19 de maio de 2009

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Chama: Quem vai dar conta de mim - Mari Arantes


Sopra um vento seco e fresco
Vem trazendo os ares da nostalgia
Uma brisa que entranha nos meus órgãos
Como se a música nascesse de minhas teclas
Enquanto teclo, enquanto espero as palavras
Aquelas que não sairão dos pensamentos mais inconscientes
Se é que elas existem nas sombras
Eu odeio o saudosismo
Mas uma lágrima vai descendo inevitavelmente
Como a chuva quando resolve cair sem pedir licença
E caio... caio aos cacos
junto meus pedaços
junto aos cacos, as lágrimas
O sal amargo do choro contido
E tento entender minha forma
Essa forma sem forma, disforme, separada
Sem sentido
Direito ou esquerdo?
Pra cima ou pra baixo?
Dentro ou fora?
Tentando seguir mundo afora
Sem destino ou endereço
Colecionando os números de minhas casas
sem lares, somente concreto e tinta
Pintando o quadro de minha vida
Em tons brancos, pretos, cinzas, pastéis
Tento soltar um grito
ou faço apenas um pedido
que ninguém vai entender
então escolho o silêncio
silencio meus dons, meus tons
ofusco meu brilho,
me faço em metade
um pouco de sonho, um pouco de realidade
esperando
esperando
esperança