segunda-feira, 14 de julho de 2008

Lenda - Janaína Félix

Houve uma época, em Ponunduva, em um lugar que até hoje é conhecido como capão da onça, onde há um mistério... Muitas pessoas ainda temem aquela estrada, umas dizem que já a viram, outras nem passam por lá, dois ou três durões dizem não ter medo, porque ainda não a viram...

Quando aqui não havia nenhum sinal de carro nas estradas empoeiradas, quando só o som de galopes de cavalos soavam pelas estradas, quando Ponunduva era habitado por um mínimo de pessoas, algo horrendo acontecera! Que quase ninguém mais fala ou comenta, mas os antigos guardam este acontecimento de horror surpreendente... Na estrada do capão da onça conseguia-se avistar uma jovem sozinha, pois seus pais morreram cedo, a casa era bem ajeitada pela menina e a cor que mais se notava era cor branca. Ela gostava desta cor, por que lhe trazia uma sensação de paz. Perto dali morava um homem com uma fama de safado e vivia cantando de galo para cima da moça, mas ela nunca lhe dera bola.

Ele pegava todas as mocinhas que queria das mais velhas às mais novas, mas nunca conseguia laçar a sua amada e ficava dias e dias, noites e noites a atentar a pobre coitada que com ele, não queria nada. Um dia ela conhece um bom rapaz e começa a cortejá-lo e não demorou muito tempo para o outro ficar sabendo, ficou louco de ciúmes, todo enraivado e revoltado, pois aquilo não poderia acontecer, não com sua amada!
Certo dia de tardezinha,a jovem moça após terminar as tarefas vai descansar, cansada e exausta cai de sono. Lentamente sem menos esperar aparece o homem que tanto lhe desejava, estava estranho, seus olhos ferviam ódio como se estivesse tomado pelo demônio, sua fúria era muita! E com um passo atrás do outro foi seguindo em direção onde repousava a garota.
Em sua mão uma peixeira, levantou-a até uma altura quando...ela acordou e ao ver aquela cena deu um enorme grito de socorro, mas já era tarde, não havia ninguém para lhe ajudar. Então ele apunhalou-a três vezes, uma na testa, outro no peito e o ultimo no ombro direito. A imagem era terrível o sangue vermelho misturada no lençol branco, uma coma combinação exata de felicidade e destruição.
O sujeito nunca mais foi visto, mas o espírito da mulher ficara preso no local, dizem que até hoje se vê a moça ao passar de tardezinha por lá, vestida de branco com as três marcas no corpo.

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