segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Pri Angonesi


que eu me apaixone por mim
sem calcinha
mostro o mais íntimo de mim
penduradas no varal
me fitam, me bordam, me enlaçam

sem calcinha
sem pudor
danço
brinco de fazer amor

minhas calcinhas balançam com o vento
e eu confundo o tempo
que fica esperando que eu ria
que eu morra de alegria

que eu me apaixone por mim

(adaptado de uma mulher desconhecida, no varal de poesia de Manguinhos-2005, Serra-ES)

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